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Moçambique

Passagem da tempestade tropical "Filipo" faz estragos em Moçambique

O distrito de Vilanculo, em Inhambane, no sul do país, foi o mais afectado pela passagem da tempestade tropical severa "Filipo". A destruição atingiu sobretudo infra-estruturas, como escolas ou centros de saúde. 

A tempestade tropical “Filipo” deixou hoje Maputo debaixo de água, com vários bairros e centenas de casas da capital moçambicana alagados, afetada ainda por rajadas que levaram coberturas, derrubaram árvores e deixaram moradores em sobressalto durante a noite, Maputo, Moçambique, 13 de março de 2024.
A tempestade tropical “Filipo” deixou hoje Maputo debaixo de água, com vários bairros e centenas de casas da capital moçambicana alagados, afetada ainda por rajadas que levaram coberturas, derrubaram árvores e deixaram moradores em sobressalto durante a noite, Maputo, Moçambique, 13 de março de 2024. © LUÍSA NHANTUMBO
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Um balanço oficial preliminar, diz que a tempestade tropical severa “Filipo” destruiu parcialmente mais de 500 casas em Moçambique, assim como várias infra-estruturas como 14 unidades sanitárias e seis escolas. A localidade mais afectada foi Vilanculo, com cerca de 10450 pessoas a sofrerem as consequências desta intempérie.

Em declarações à RFI, Yassin Amuji, presidente da Associacao de Turismo, descreveu os estragos.

"São muitos hotéis, restaurantes, residências de pessoas que vivem próximas da praia e também vivem aqui nos arredores de Vilanculo que tiveram os seus bens e infraestruturas danificadas", declarou.

Esta é um dos ex-líbris turísticos das região e a destruição deixada pela "Filipo" pode pôr em risco vários operadores, com as ondas a terem atingido entre 3 a 4 metros.

"Temos o caso de vários hotéis que perderam a parte frontal toda porque o ciclone quando começou a entrar no continente foi no momento de maré alta e é uma das marés mais altas do ano e as ondas chegaram a atingir 3 a 4 metros de altura o que fez com que a gente perdesse uma boa parte da nossa margem, da nossa costa", declarou o responsável.

Sendo uma zona fustigada por este tipo de fenómenos metereológicos extremos, Yassin Amuji gostava que as construções mais sólidas fossem autorizadas em Vilanculo de forma a serem mais resilientes.

"Estamos a falar de aproximadamente 5 a 6 metros que foram consumidos pelo mar. Eu penso que nós temos que reconstruir como sempre reconstruímos, mas há que ter em conta o modelo de construção, infelizmente o nosso Governo não permite construções resilientes à beira da praia por questões do meio ambiente, são políticas que foram trocadas, algumas delas vêm por parte dos doadores, já que com os financiamentos que fazem, impõem certos tipos de construção à beira da nossa praia mas está claro que Vilanculo sendo uma cidade  costeira, ciclónica, não é o primeiro ciclone, não é o segundo, não é o terceiro, nós já tivemos mais de 7 ou 8 ciclones nos últimos 20, 25 anos alguns mais fortes outros menos fortes", detalhou.

A tempestado Filipo levou ainda ao corte de electricidade em cerca de 100 mil casas assim como ao corte de telecomunicações para milhares de moçambicanos. A capital do país também não resistiu face à força desta tempestade e muitos do bairros de Maputo ficaram completamente inundados.

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